Breno da Costa Alves, aluno do 2º ano, foi selecionado em primeiro lugar no projeto Futuridade que tinha como tema "Minha cidade cuida bem dos Idosos"
II Concurso Futuridade – Minha cidade cuida dos idosos
Breno da Costa Alves
E.E. Dr. Carlos Sampaio Filho
As estações da vida
A vida se assemelha às estações num ciclo natural e sábio, cada uma com suas devidas características e tempo determinado.
Comparamos o nascimento com a primavera, época em que as flores desabrocham e o cenário terrestre se transforma. Com a chegada de um recém-nascido, o cotidiano da família se modifica.
No verão, tempo que o sol brilha muito, é quando as crianças aparecem nas brincadeiras, na bagunça, na arte. Diferente do outono, época que os frutos estão maduros; quando adultos, chega enfim, a hora da colheita.
O inverno é marcado por suas baixas temperaturas, o frio. Quando alguém alcança o último estágio da vida, a velhice. Talvez não seja hora de desabrochar, fazer arte ou colher os frutos maduros; mas é quando há necessidade de descanso, cuidado, atenção e proteção.
Neste estágio da vida, o cuidar é essencial, o idoso precisa de proteção e se sentir seguro. Viver em um lugar aconchegante, confortável, que o agrade, e não por imposição dos filhos, que por vezes, sem tempo e disposição, acabam abandonando os pais em lugares próprios para pessoas de idade.
Eis que surgiu em uma mente abençoada o desejo de criar um lar para os idosos, onde pudessem ser acolhidos e bem tratados. No inverno, tempo escuro e sombrio, é quando almejamos nos aquecer em um lugar seguro e conservado, onde as tempestades não oprimam ou entristeçam, mas proporcione felicidade e bem-estar, que nos faça sentir em casa mesmo que não estejamos em nosso verdadeiro lar. Os idosos, de minha cidade, são agraciados por possuírem um ambiente como este.
Como a vida não encerra na última estação, os nossos idosos têm o ímpeto, mesmo no inverno, de se aquecerem ao som de melodias dançantes. Possuem o direito de vivenciarem um conto de fadas, de se apaixonarem e viverem um romance de Shakespeare.
Ser um idoso na pequena cidade penapolense, não é envelhecer ao relento e sim vislumbrar um horizonte, há mãos que colhem os frutos maduros de árvores que outrora floriram e continuam sendo partícipes da história de nossa Penápolis.
Não se deixam levar pelas marcas do tempo, continuam ativos e fazem desta estação fria oportunidade para recomeçar e rever seus conceitos. Possuem aspirações e o privilégio de concretizá-las. Não se restringem a serem uma folha qualquer presente em um galho de árvore, mas buscam representar aos olhos beleza comparável aos demais ramos.
As estações não acabam, o ciclo não se finda. Haverá tempo para desabrochar, colher os frutos maduros e como desfecho, similar a uma folha, secar e ser arrastada pelo vento. Pais, avós, bisavós colheita de safras do ontem e que adubam o solo para um futuro de frutos saborosos.
Breno foi premiado com um iPod